A testemunha

Aí galera! Não vou nem pedir desculpas pelo tempão sem postar, porque eu sei que vou fazer de novo.... então vamos seguindo assim mesmo.

Fim de semana passado foi eu e o Paulo para Tokyo procurar um lar para nós. Aproveitei a viagem para levar 2 malas cheias de bagulho e deixar lá na casa da minha host family (a família que eu fiquei quando fui em 2003 - os "Suzuki"), diminuindo assim a quantidade de coisas que vamos ter que mandar no caminhão de mudança.
Pegamos um ônibus às 23h de sexta-feira (dia 17) rumo a Tokyo. Uma merda de viagem! Além de estar um calor dentro do ônibus, o assento era pequeno e o encosto era quase-não-inclinável. E, para piorar, tinha separação de sexo... Mulheres láaaa na frente, e homens atrás... e nós, na penúltima fileira! Nunca fiquei tão feliz de sair de um ônibus como eu fiquei quando chegamos em Tokyo!
Pegamos as super-híper-mega-ultra-pesadas-malas (que, como já dizia Gabriel Coaracy, parecia que tinha um anão morto em cada uma) e seguimos nosso caminho para a cada dos Suzuki. No caminho vimos algumas colegiais de Tokyo com suas clássicas mini saias (super-híper-mega-ultra-mini-saias), o que fez a ficha cair de que eu estava mais uma vez em Tokyo.
Enquanto estávamos no trem, me bateu uma sensação estranha... Eu estava naquele trem que pegava todos os dias, indo para a casa que eu ia todos os dias... mas tinha uma coisa diferente alí... o Paulo. Um brasileiro conhecendo ao vivo a minha vida do Japão! Alguém que eu conheci no Brasil, contava as histórias de Tokyo, e que, naquele momento, estava no cenário daquelas histórias! Uma 'testemunha'! Antes disso, aquilo tudo era uma vida minha, sem testemunhas do Brasil... Tudo o que as pessoas sabiam eram histórias, e tudo o que tinha visto eram fotos... Mas agora não.
Foi um sentimento interessante... fiquei imaginando como seria alguém da minha família ou um antigo amigo aqui, conhecendo o cenário de todas as histórias...

Pô... tenho que ir agora. Tenho uma prova amanhã e já são 1h30 da manhã!
Não deu para terminar o texto todo e eu não vou prometer terminá-lo, mas espero que eu continue com a vontade de escrever que eu estou agora.

Abraço para todos!

diogo